A divertida carreira de Tom Hanks

Cristal da Rocha

08/07/2016 | 22h48   

Ator mais querido de Hollywood completa 60 anos cheio de projetos

Com uma lista de filmes e minisséries como ator e produtor agendados até 2018, Tom Hanks completa 60 anos neste 9 de julho com o mesmo cordial sorriso de bom moço, um significativo histórico no cinema e perspectiva de muito trabalho pela frente.

Apesar de todos os prêmios, os dois Oscars, o respeito da crítica e muitos milhões, o ator traz em sua extensa lista de atuação um início tímido e divertido. Seus primeiros filmes são repletos de humor com histórias fantasiosas que trazem boas lembranças para todos que cresceram a partir dos anos 80.

Embora sua imagem consagrada remeta a filmes como FiladélifiaApollo 13Forrest GumpO Resgate do Soldado RyanNáufrago, e à voz do cowboy Woody de Toy Story, Hanks no início da carreira despontava como um dos grandes nomes da comédia, com uma dúzia de filmes engraçados com personagens curiosos e alta bilheteria.

Foi visto como um homem que consegue respirar embaixo d'água e namora uma sereia, outro com problemas em uma vizinhança estranha que levanta suspeitas, um recém-casado que compra uma casa aparentemente em perfeito estado mas que está arruinada por dentro, uma criança que acorda como adulto após pedir para ser grande a uma máquina no parque. Na ordem os filmes são: Splash – Uma sereia em minha vidaMeus vizinhos são um terror, Um dia a casa cai e Quero ser grande.

Alguns fizeram sucesso no Brasil, outros caíram nas graças do público e hoje já possuem status de clássicos. Um exemplo é o filme em que Tom Hanks interpretou o menino Josh, que desejou ser adulto para impressionar uma mocinha da escola em Quero ser grande, e arrebatou o coração de jovens fãs nas décadas seguintes ao lançamento do filme. A cena de Hanks dançando com o veterano Robert Loggia sobre as teclas de piano gigantes numa loja de brinquedos é constantemente lembrada como um dos grandes momentos do cinema naquela década.

Os anos 90 seriam marcados por uma guinada, com as comédias ficando para trás. Em 1993, desponta como ator sério em Filadélfia, no papel de um advogado homossexual que é demitido ao revelar que era portador do vírus da aids, e levou seu primeiro Oscar com esta atuação. No ano seguinte entrou definitivamente para o panteão dos grandes do cinema ao interpretar Forrest Gump, levando novamente um Oscar para casa como melhor ator. O longa que se passa em vários momentos da história americana no século 20 ganhou ao todo seis prêmios, incluindo os de melhor diretor e filme.

A versatilidade de Hanks para qualquer tipo de papel ou gênero pode ser vista  em títulos como Uma Equipe Muito EspecialSintonia de Amor – em par romântico com Meg Ryan que reaparece cinco anos depois em Mensagem Pra Você, Apollo 13, O Resgate do Soldado Ryan, Náufrago, À Espera de um Milagre, O Terminal, Prenda-me Se For Capaz e mais uma série de filmes de uma lista que não pára de crescer. Apesar dessa versatilidade, talvez nunca seja visto interpretando um verdadeiro vilão. 

Hanks também esteve do outro lado das câmeras ao escrever e dirigir Larry Crowne: O Amor Está de Volta e The Wonders – O Sonho Não Acabou, nos quais também atuou. Já sua carreira como produtor inclui uma parceria de sucesso ao lado de Steven Spielberg à frente das minisséries Band of Brothers, lançada nos Estados Unidos em 2001, e The Pacific em 2010, ambas sobre a Segunda Guerra Mundial e baseados em livros homônimos.

O ator ainda guarda tempo para sua coleção de máquinas de escrever, item que já possui às centenas, um simpático hobby que o acompanha há muitos anos. Em 2014 seu amor pelo objeto transformou-se num criativo aplicativo para tablets, o Hanx Writer – onde é possível “bater à máquina” como era feito na era pré computador, ao estilo de cada máquina e com seu som característico.  Um divertido empreendimento que permite, além de matar a curiosidade de quem não participou destes dias analógicos, testar virtualmente uma tarefa que já ficou no passado. Tom Hanks mostra-se um artista criativo e antenado até nas horas de folga. Como não amar?

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