Caso do menino João Hélio chocou o País
Liz Batista
07/02/2017 | 12h16   
Menino ficou preso ao cinto do carro levado por assaltantes e morreu ao ser arrastado por 7 Km
O Estado de S.Paulo - 09/02/2007
Em 7 de fevereiro de 2017, um assalto que poderia apenas entrar para as estatísticas de violência urbana no Rio de Janeiro se transformou numa tragédia que chocou e revoltou o País. O menino João Hélio Fernandes, de 6 anos de idade, estava no banco de trás do carro da família quando sua mãe, Rosa Cristina Fernandes, que dirigia o veículo foi abordada por assaltantes. Ao descer do carro e entregá-lo aos bandidos, Rosa Cristina tentou tirar o cinto de segurança que prendia João Hélio, mas os assaltantes aceleram o carro e o menino ficou preso ao veículo e foi arrastado até morrer.
O Estado de S.Paulo - 11/02/2007
Pessoas que estavam nas ruas por onde os assaltantes fugiram gritavam horrorizadas, motoristas e motociclistas sinalizavam e buzinavam na tentativa de fazer o motorista parar o carro. Os bandidos seguiram por 7 km, passaram por 14 ruas e cruzaram 4 bairros arrastando o menino. Chegaram a dirigir em ziguezague na tentativa de desprender seu corpo. Pararam após 10 minutos, abandonaram o veículo e fugiram a pé.
O Estado de S.Paulo - 13/02/2007
Cinco acusados foram detidos pelo crime, sendo um menor de idade. Sua prisão retomou o debate sobre a maioridade penal. Vários atos foram realizados em solidariedades e centenas de pessoas compareceram a passeatas pela paz. Em 2008, quatro dos cinco acusados da morte de João Hélio foram condenados a penas que variavam de 39 a 45 anos de prisão.
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