Como era São Paulo sem lista telefônica
Rose Saconi
15/08/2013 | 15h31   
Para procurar números de telefones, paulistanos recorriam aos anúncios dos jornais
Os primeiros telefones começaram a ser instalados na cidade de São Paulo em meados do século 19. Para localizar um número de algum "assignante", como era grafado na época, ou procurar telefones de médicos, advogados, ou algum estabelecimento comercial, os paulistanos recorriam aos anúncios dos jornais, ou aos almanaques.
A primeira lista telefônica da cidade tinha 22 nomes e foi publicada na Província de S. Paulo, hoje O Estado de S. Paulo, em 8 de janeiro de 1884.

A Companhia Telephonica do Estado de São Paulo usava as páginas do jornal para publicar a lista dos assinantes. A inclusão das informações dos novos proprietários de telefone saía no jornal a cada início de mês, informando os números e endereços.
Existiam também catálogos e outras publicações que continham os números dos telefones. Como o "Indicador Paulista", que saiu anunciado no Estado em 1915 (ao lado), um tipo de guia com a relação de endereços de repartições públicas, bairros e endereços da capital, endereços e telefones úteis como de hospitais, polícia, bondes, escolas e bancos.
Com a crescente expansão da rede de telefonia da cidade, constatou-se a necessidade de se editar um catálogo com o número dos assinantes, que inicialmente tinha apenas três dígitos.
Nos anos 1950 esses catálogos tornaram-se mais sofisticados e indispensáveis nos lares dos paulistanos proprietários de linhas telefônicas. Até os móveis da época, como algumas mesinhas de telefone, tinham um compartimento para manter a lista sempre à mão. As listas já tinham algumas páginas coloridas, fotografias e muitos anúncios.
OESP - A primeira lista da cidade de São Paulo feita pela OESP Gráfica, empresa do Grupo Estado, para a Telesp foi lançada no dia 20 de dezembro de 1985. Era a lista telefônica oficial de assinantes e classificada de 1986, de São Paulo. As pessoas receberam em casa o novo catálogo telefônico que tinha dois volumes, um da letra A até a letra K, e o outro do L ao Z, num total de 2.724 páginas. "Cada volume de 23 por 27 centímetros terá cinco centímetros de espessura exigindo seis mil toneladas de papel. O resultado final será um dos maiores catálogos telefônicos já impressos no mundo", disse na ocasião o diretor da empresa.
Distribuição da lista telefônica de assinantes 85/86. Acervo/Estadão
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