Como era São Paulo sem o aeroporto de Congonhas

Rose Saconi

02/04/2013 | 13h21   

Sem casas ao redor, área escolhida para construção do aeroporto ficava a 10 km do centro

Vista aerea do aeroporto em 1936. Foto: Acervo/Estadão

Difícil imaginar São Paulo sem o aeroporto de Congonhas. Antes de sua construção, Congonhas era um campo coberto de verde, sem casas por perto. O local foi escolhido para abrigar o aeroporto porque tinha ventos favoráveis e ficava numa colina alta e descampada.

A 'distante' Vila de Congonhas, na época, era acessível apenas por uma via particular pedagiada e era pouco explorada. Um anúncio publicado na capa do Estado em 7 abril de 1929 oferecia "magníficos lotes situados na Villa Congonhas e Villa Sophia, que gosam de isenção de impostos muncipaes durante quinze annos".

A Companhia Paulista de Santo Amaro inaugurou o Aeródromo de Congonhas em 12 de abril de 1936, com uma pista de terra de 300 metros de comprimento. "A área escolhida fica cerca de 10 kilometros do centro da cidade, e é servida por optimas vias de transporte que as novas avenidas em construcção irão completar", escreveu o Estado quatro meses após o aeroporto começar a funcionar.

O Estado de S. Paulo - 5/8/1936

O fascínio de um aeródromo na cidade, com a presença de aviões da Vasp, Panair do Brasil ou Real Aerovias, tornou o local um ponto de encontro e programa turístico da elite paulistana.

O Estado de S. Paulo - 4/8/1936

 

O aeroporto era ponto de passagem de poderosos e celebridades, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, chefes de partidos políticos e importantes representantes da imprensa.

A seção "Como era São Paulo sem" é publicada todas as sextas-feiras no caderno Metrópole.

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