Da Ilha Anchieta ao Carandiru, um rastro de mortes

02/01/2017 | 14h49   

Tentativas de fugas sempre detonaram rebeliões, mas guerra de facções amplificou violência

As 60 mortes no presídio Anísio Jobim, colocam a rebelião em Manaus como uma das mais sangrentas do sistema prisional brasileiro. Superlotação, disputas de facções, maus tratos, tentativas de fuga e rebeliões já provocaram um número incontável de mortes em presídios, carceragens e delegacias. Na maior delas, 111 presos foram mortos quando a polícia entrou no presídio do Carandiru, em 1992. Desde o fortalecimento das facções criminosas nos presídios, no início dos anos 2000, a violência foi amplificada com ações de acertos de contas e tentativas de domínio das ações criminosas dentro das casas penitenciárias.  

O Estado de S. Paulo - 2/10/1992 

Em 1952, uma grande rebelião de presídio da Ilha de Anchieta, em Ubatuba, causou pânico no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro depois que os presos entraram em confronto com os guardas e fugiram para o continente. Dezesseis pesoas morreram, entre guardas e presos. 

Estadão - 21/6/1952

Em fevereiro de 1989, 18 presos que participaram de um motim na Delegacia do Parque São Lucas, em São Paulo, morreram asfixiados após 50 presos serem colocados por policias numa cela de 1,5m x 3m, onde só caberiam cinco pessoas. O caso ficou conhecido como a chacina do 42.º DP.

Estadão - 7/2/1989

Estadão - 11/2/1989

Estadão - 19/2/2001

Estadão -  3/1/2002

Em junho de 2004, 30 presos morreram numa rebelião na Casa de Custódia de Benfica, no caso que ficou conhecido como o 'Carandiru de Garotinho', menção ao então governador do Rio de Janeiro na época.

Estadão -  2/6/2004

Estadão - 10/11/2010

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