Era uma vez em SP... Chafariz da Liberdade
Rose Saconi
08/05/2015 | 12h00   
Reservatório de Água da Liberdade, na atual Praça Amadeu Amaral, deu nome ao bairro
Chafariz do Reservatório da Liberdade. Acervo/Estadão
Nascido como chafariz do Largo do Curso Jurídico, o reservatório de água abastecido pelo antigo Sistema Cantareira, passou a ser oficialmente chamado de Chafariz da Liberdade em 1831, em comemoração à abdicação do imperador D. Pedro I. Ficava na parede do antigo convento onde funcionava a Faculdade de Direito, na atual Praça Amadeu Amaral, próximo ao Shopping Paulista. O nome acabou passando para o largo (Largo da Liberdade) e o batismo alcançou todo o bairro.
Na época os chafarizes e fontes não tinham a função principal de embelezamento de um local público, significavam abastecimento de água para a cidade. Saiba mais sobre o assunto em 'Como era São Paulo sem água encanada'. O Chafariz da Liberdade funcionou até meados da década de 70, quando sua nova etapa, que utilizaria as águas do Rio Juqueri, entrou em funcionamento, tornando o antigo sistema obsoleto. Hoje esse lugar está cercado por prédios e muros, existem apenas a fonte e a caixa d'água.

Chafariz ficava em frente ao Largo de São Francisco. Acervo/Estadão
História do bairro. Até 1858, a Praça da Liberdade se chamava Largo da Forca, local onde eram enforcados criminosos, rebelados e negros fugitivos, depois enterrados no cemitério da Capela dos Aflitos. E foi em volta do morro onde ficava a forca que o bairro da Liberdade se desenvolveu. Ali haviam valetas que canalizavam as águas da nascente do Anhangabaú para os chafarizes da cidade.
Somente com a inauguração do Cinema Niterói, na Rua Galvão Bueno, é que os orientais ganharam as ruas do bairro. A transformação definitiva da Liberdade em um bairro japonês se deu em 1974, quando as ruas receberam a decoração com motivos orientais.
Navegue na Galeria da série Era uma vez em SP ... e conheça lugares que fizeram história
Leia também:
#Como era São Paulo sem...
#Prédios de São Paulo
Comentários
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.