Fim do mundo não acaba nunca 2.0

Estadão Acervo

15/02/2017 | 14h50   

De tempos em tempos surge um novo fim catastrófico; dessa vez é um asteroide

Mais uma vez, o fim do mundo está próximo, segundo a teoria apocalíptica da vez. As especulações agora giram em torno das alegações do autoproclamado astrônomo russo Dyomin Damir Zakharovich, que insiste em divergir da Nasa e afirma que um cometa asteroide irá colidir com a Terra nesta quinta-feira, 16. As declarações de Zakharovich alimentam a mais nova teoria sobre o fim do mundo que tomou de assalto a internet, terreno fértil para esse tipo de assunto. 

Mesmo antes da web, as previsões sobre o fim dos tempos se espalhavam com facilidade pelo mundo. Relembre algumas delas e veja notícias de casos de aproximação de pedras, quer dizer, de aerólitos e outros fragmentos de corpos celestes que caíram na Terra. 

O Estado de S.Paulo - 11/9/1999
  

Em 1999, um grupo de místicos de que o final do mundo relacionou o fim do mundo ao último eclipse solar do século, a catástrofe tinha data agendada para o dia 11 de agosto daquele ano. As previsões apavoraram uma parte da população. No Piauí, houve registro de dois suicídios, as igrejas registraram um grande aumento de frequentadores e escolas abonaram faltas dos alunos. No Rio de Janeiro, a irreverência, não o temor, dominou a data e cariocas organizaram festas para o "último dia".    

 

O Estado de S.Paulo - 20/02/1966

Em 1968  um outro asteroide e outra teoria de destruição planetária assombrou a população. Em 1966, o astrônomo português Carlos Mar Bettancourt Faria, do Observatório de Muleba em Angola afirmou que o asteroide Ícaro atingiria a Terra em 15 de junho de 1968. Com aproximadamente 1.400 metros e uma massa de 25 bilhões de toneladas o impacto ou onda de choque causada por tal meteorito seria devastador. Apesar da comunidade científica declarar que o asteroide passaria a distância segura e o que planeta estava a salvo, as declarações de Faria deixaram a população alarmada.  

Na edição de 15 de junho de 1968, o Estado trouxe matéria contando como os telefones do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, não paravam de tocar nos dias anteriores. Como já haviam feito inúmeras vezes, os astrônomos brasileiros voltavam a tranquilizar as pessoas. “Os astrônomos desmentiram mais uma vez os boatos de que o asteroide em questão deixaria gases venenosos na atmosfera terrestre ou que o Ícaro viria chocar-se com o nosso planeta”, conta a nota.

O Acervo Estadão levantou casos de asteroide que chegaram a cair a Terra e reuniu e reuniu algumas teorias místicas sobre o fim dos tempos:

O Estado de S.Paulo - 16/02/2013

Susto na Rússia. Em fevereiro de 2013,  a queda inesperada de um asteroide de 15 metros na Rússia alarmou o mundo sobre a possibilidade de um objeto espacial atingir a Terra. A onda de choque produzida pela passagem do meteoro feriu mais de mil pessoas, na cidade de Chelyabinsk.   

O Estado de S.Paulo - 29/10/1987



Área devastada na floresta russa, em foto tirada durante expedição do cientista Leonid Kulik. Reprodução/science.nasa.gov  

Explosão na floresta siberiana. Em 1908, uma grande explosão no céu destruiu centenas de quilômetros quadrados de floresta e derrubou milhares de árvores em Tunguska, na Sibéria. A energia liberada no local foi mil vezes maior que a da bomba lançada em Hiroshima. O evento permanece envolto em mistério, a ausência de uma cratera no local intriga cientistas até hoje. A teoria mais defendida é que a explosão ocorreu provavelmente a 10 mil metros de altura e fragmentou o meteoro. 

Aerólito na Venezuela (1970) , em Coriacs na Rússia (1948) e em Madri na Espanha (1896)

 

 

Veja algumas das previsões e profecias do fim do mundo publicadas pelo Estado desde o final do século 19:  

 

Em 1899, o dr. Falb, cientista alemão e professor de matemática, previu que na noite do dia 13 para 14 daquele ano, um cometa se chocaria com o planeta terra. O astrônomo brasileiro José Feliciano explicou o fenômeno aos leitores do Estado .

 

Antes do dr. Falb, em 1895 o teólogo alemão Bexter já fizera sua previsão de fim de mundo que seria em 1908. E explicou com riqueza de detalhes como seriam os últimos anos antes da catástrofe. De 1895 até 1908,  aconteceria uma grande guerra, apareceria um novo Napoleão, um terremoto em 1904 e no dia 12 de março de 1908, Mas aquela quinta-feira, o fim do mundo não seria tão trágico para todos, segundo Bexter 144 mil felizardos seriam ascendidos ao céu.

 

 

Em 1954, o fim do mundo do professor americano Laughead também previa um final feliz para alguns, com a chegada de discos voadores. Certo da sua previsão, o professor pediu demissão da escola. Um de seus alunos aproveitou o inevitável fim para comprar um Cadillac, à prestações.

A qualquer alinhamento de planetas era o suficiente para um novo fim do mundo. Foi assim com alinhamento da Terra com o Sol em 1992, fenômeno que ocorre a cada 179 anos.

 

 

 Em 1986, bruxos mexicanos previram o ano de 1998 como o fim do mundo e o México campeão da Copa do mundo.

 A virada do milênio foi outra oportunidade para um possível outro fim do mundo.

 

 

Não era exatamente o fim do mundo, mas se o bug do milênio tivesse ocorrido, o estrago seria próximo. Na virada de 1999, temia-se que os computadores voltassem o calendário para 1900. O pior só não ocorreu porque empresas e governos investiram em soluções para evitar as panes. Só o governo dos EUA gastou US$ 8 bi para adequar seus sistemas.

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