^{Acervo/Estadão}

Uma cerimônia simples e improvisada em um cartório de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Assim foi o primeiro casamento de Roberto Carlos com Cleonice Rossi no auge da Jovem Guarda, em 1968. A noiva era desquitada e, como ainda não havia a lei do divórcio no Brasil, ela não poderia se casar legalmente com Roberto em cartórios brasileiros.

A noiva vestia uma criação de Clodovil, de crepe branco e gola de vison. Ele, um terno azul 'com corte marinheiro'. Terminada a cerimônia, transmitida em rede nacional por emissoras de rádio, os repórteres e fotógrafos foram convidados pelo casal para uma recepção em um boate, o El Caballito. "A pedido do noivo, não se serviu champanhe para não se fazer ostentação", dizia a matéria do Estado. O bolo foi comprado em uma casa de doces de Santa Cruz.

O Estado de S. Paulo - 12/5/1968

Susto e anulação. "Roberto Carlos teme anulação" noticiou o Estado no dia seguinte à união do casal (veja acima). O receio da anulação tinha um motivo de ordem legal. O ministro do interior da Bolívia alegou que o casamento não seguiu a lei daquele país que exigia, “caráter público das bodas e a residência dos contraentes na Bolívia pelo menos três meses antes do casamento”, e destituiu o oficial de registro civil. Mas o casamento não foi anulado, porque “os noivos cumpriram as exigências que lhes disseram ser necessárias para contrair casamento civil na Bolívia”, informou o Estado em 14 de maio de 1968.

^{Multidão de Fãs no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra para recepcionar os noivos. Acervo/Estadão} 

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