Investigação da explosão em Alcântara foi inconclusiva
Liz Batista
22/08/2013 | 12h33   
Há 10 anos, acidente com foguete deixou 21 mortos; desde então projeto espacial brasileiro está parado
Tudo parecia correr corretamente no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) para a realização da Operação São Luís. Prevista para 25 de agosto de 2003, a missão colocaria em órbita, a 750 quilômetros de altura, dois satélites brasileiros: o microssatélite meteorológico SATEC, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o nanosatélite UNOSAT da Universidade do Norte do Paraná. A missão tranformaria o Brasil no primeiro país da América Latina a enviar o seus próprios foguetes ao espaço.
Mas durante a simulação, em 22 de agosto, três dias antes da operação, o Veículo Lançador de Satélites (VLS) explodiu. O acidente provocou a morte de 21 pessoas. As vítimas foram técnicos e engenheiros que estavam preparando o VLS V3 para o seu terceiro voo da base espacial de Alcântara.
Além do alto custo humano, a infraestrutura da base de lançamento foi comprometida e o VLS, estimado em R$14 milhões, foi inteiramente destruído.
O Estado de S.Paulo, 17/3/2004
Hoje, 10 anos após o acidente, a torre de lançamento foi reconstruída, mas a Base de Lançamentos de Alcântara, assim como o projeto espacial brasileiro, estão paralisados.
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