Marne, a primeira grande vitória dos aliados

Liz Batista

12/09/2014 | 15h41   

Há 100 anos, franceses impediam o avanço das tropas alemãs que já estavam às portas de Paris

 

O Estado de S.Paulo - 14/9/1914

 

 

Foi em 12 de setembro de 1914 que os franceses obtiveram uma importante vitória contra o exército alemão. Avançando posições há mais de um mês, a ofensiva alemã havia chegado a menos 40 km de Paris e parecia impossível de ser detida. Frente ao avanço, a capital francesa já havia sido transferida para Bordeaux, enquanto isso, o exército francês organizava parte de suas tropas que haviam sido forçadas a recuar, se reagrupava e elaborava um plano de contra-ataque.

A vitória veio após 6 dias de batalha. Em 13 de setembro de 1914, o Estado noticiava “O fracasso da acção alleman - A firmeza do exercito francez”. Com a conclusão da Batalha do Marne os exércitos puderam antecipar uma nova dinâmica de combate na Primeira Guerra, a altamente mortífera: guerra de trincheiras. 

 

O Estado de S.Paulo - 13/9/1914

      

 

O plano alemão, conhecido como Plano Schlieffen, pretendia infringir uma rápida derrota aos exércitos da França e da Inglaterra no fronte ocidental, para então dirigir seus esforços para o leste, na tentativa de evitar uma guerra longa em dois frontes. Em sua rápida marcha em direção à capital francesa, os alemães começaram a cercar Paris no início de setembro de 1914. No dia 06 de setembro os franceses lançaram sua contraofensiva no rio Marne, 150 mil homens atacaram o flanco direito do 1º Exército alemão, que voltou-se para combater o ataque francês, formando uma distância de cerca de 48 quilômetros entre o 1º e o 2º Exército das linhas alemãs. A brecha foi explorada pelos aliados que conseguiram deter no Marne a máquina de guerra germânica.

 

 

O Estado de S.Paulo - 11/9/1914

      

 

Táxi. A frente francesa no Marne contou com ajuda britânica e com reforços levados por táxis, de Paris para o fronte. Num esforço para manter os alemães fora da cidade luz, o general Joseph Simon Gallieni recrutou a frota de táxi da cidade para levar mais armamentos e homens para a frente de batalha. Até carroças foram usadas para abastecer as forças aliada. Estima-se que cerca de seis mil reservistas franceses foram levados da capital para lutar no Marne.

 

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