Plano Collor confiscou poupança e trocou moeda
Liz Batista - O Estado de S.Paulo
16/03/2020 | 12h22   
Medidas tomadas pela equipe econômica de Zélia Cardoso de Mello tentaram conter hiperinflação
Em 15 de março de 1990, Fernando Collor de Mello assumiu a Presidência da República com feriado vancário decretado pelo antecessor José Sarney. No dia seguinte à posse, o novo presidente colocou em curso um ambicioso plano econômico que ficou conhecido como Plano Collor. A equipe, chefiada pela ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, lançou mão de ações drásticas, como o confisco de todo valor acima de 50 mil Cruzados Novos depositado em contas bancárias físicas e jurídicas, com o bloqueio das cadernetas de poupança com saldos superiores ao valor, por 18 meses.
A ampla frente de medidas implementadas para tentar conter a hiperinflação no País também envolveu troca da moeda, de Cruzado Novo para Cruzeiro, a ampliação da insidência de IOF, cortes de gastos públicos, congelamento de preços e salários.
O plano não conseguiu fazer frente à grave crise inflacionária, em 31 de janeiro de 1991, foi anunciado o Plano Collor 2.
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