Tragédias insanas

Estadão Acervo

28/11/2016 | 18h40   

Do Texas a Realengo, ações cuidadosamente planejadas seguem padrão macabro

Insanidade e arma de fogo. A mistura explosiva já rendeu várias tragédias pelo mundo. Reveja alguns dos casos que chocaram o mundo.

Texas, Estados Unidos, 1966

Jornal da Tarde - 02/8/1966

  

O Estado de S.Paulo- 02/8/1966

John Whitman tinha 24 anos, uma vasta experiência com armas de fogo e um arsenal poderoso: duas carabinas de caça, um fuzil com mira telescópica e um revólver. Com pontaria certeira, matou 11 pessoas e feriu 34. Antes da matança coletiva, já havia assassinado a própria mulher e a mãe. Na casa do rapaz, que foi morto por policiais, além dos corpos da mãe e da mulher, foi encontrado um bilhete com frases desconexas e menções a dores de cabeça e tratamento psiquiátrico.

O atirador do Texas não sabia, nem o mundo, mas começava ali um padrão macabro em casos do tipo. Desajuste social, problemas psiquiátricos e facilidade de acesso a armamentos compõem o coquetel que pode explodir em qualquer lugar sem aviso prévio. Por muito tempo, ficou erradamente no imaginário popular que esse era um crime tipicamente americano, talvez o país mais liberal na questão de porte e venda de armas.

O caso do colégio Columbine, em 1999, não foi o que fez mais vítimas, mas acabou se tornando o mais famoso em razão do documentário do cineasta Michel Moore. O fato de os atiradores serem colegas das próprias vítimas na escola despertou educadores e autoridades para o problema do bullying e o perigo de suas consequências.

O planejamento minucioso dos ataques é outra característica comum nos massacres. Em 2011, foi a vez do Brasil, que já havia visto um atirador matar pessoas numa sala de cinema num shopping de São Paulo se chocar com a violenta ação de um jovem numa escola em Realengo, no Rio de Janeiro.

Após cada caso, ressurge a discussão sobre a necessidade de um melhor controle de acesso a armas e outras medidas de prevenção. Poucas medidas são tomadas, mas o mais assustador é que, após todo o debate, a conclusão é a de que só nos resta aguardar onde e quando será o próximo.

Colégio Columbine, Litteton, Estados Unidos, 20 de abril de 1999

 

 

 

Dunblane, Escócia, 13 de março de 1996

Montrel,  Canadá, 7 de dezembro de 1989

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USP, São Paulo, dezembro de 1995

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Morumbi Shopping, São Paulo, 4 de novembro de 1999

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Ikeda, Japão, 8 de junho de 2001

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Taiúva, Brasil, 29 de janeiro de 2003

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Beslan, Rússia, 3 de setembro de 2004

Pensilvânia, Estados Unidos, 2 de outubro de 2006

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Virginia Tech, Blacksburg,  Estados Unidos, 16 de abril de 2007

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Kauhajoki, Finlândia, 24 de setembro de 2008

 

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011

 

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