Urso de pelúcia, demasiado humano

Carlos Eduardo Entini

25/09/2012 | 19h18   

Em muitos casos bonecos são utilizados para praticar crimes

A relação entre o homem e seu urso de pelúcia, encenada no filme Ted, não agradou o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e ele cogitou em pedir a proibição do filme no Brasil. Ted é desrespeitoso, argumenta o deputado, "endossa atitudes criminosas, satiriza o consumo de drogas e de álcool e instrui o espectador a não estudar e a não trabalhar".

Não é a primeira vez que ursos de pelúcia são antropomorfizados. É possível afirmar que eles até têm sua própria história e destino. Pelo menos no Acervo Estadão.

Anúncio publicado em 17/10/2004

E ela pode ser resumida assim: quando não estão sendo anunciados, os ursos de pelúcia estão servindo para encobrir alguma intenção humana que, nas palavras do deputado, 'endossa atitudes criminosas'. Parafraseando o filósofo Nietzsche, o urso de pelúcia também pode ser demasiado humano.

Esconderijo. Suzane Richthofen, participou da mortes dos pais em 2002. Utilizava o urso de pelúcia para esconder arma e munição.

O Estado de S. Paulo - 3/7/2005

 

Ursinho esfaqueado. No caso, o urso serviu para depositar o ódio da separação. No amolador de faca, espetado no peito, estava a aliança e o bilhete raivoso do amante, "quando doer o dente novamente, peça a sua irmã para pagar o dentista".

O Estado de S. Paulo - 7/9/1994

Tráfico de drogas. Abusando da imagem inocente do urso de pelúcia, o boneco serviu para esconder cocaína.

O Estado de S. Paulo - 4/4/2004

Terrorismo. Também utilizando da imagem inocente do boneco, terrorista escondeu uma bomba no urso e ameaçou explodir o avião.

O Estado de S. Paulo - 25/2/1998

Última atualização em 26/9, às 11h45.

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