Borba Gato

26/11/2012 | 15h53   

Estátua em homenagem ao bandeirante

A estátua símbolo da região de Santo Amaro, na zona sul da cidade de São Paulo, é uma homenagem ao Bandeirante paulista, Manuel de Borba Gato (1649-1718). Após seis anos de construção, a estátua foi inaugurada em 27 de janeiro de 1963, durante a comemoração do IV Centenário de Santo Amaro.

Executada na forma de um mosaico, com cerca de 13 metros de altura e 20 toneladas, a obra foi autoria do escultor Júlio Guerra que faleceu em 2001, aos 89 anos de idade. O artista é reconhecido como um dos moradores mais ilustres de Santo Amaro. Estudou Belas Artes e trabalhou com Brecheret na execução da estátua em homenagem a Duque de Caxias.

Localizada na altura do número 5700, da Avenida Santo Amaro, em confluência com a Avenida Adolfo Pinheiro integra um conjunto composto por quatro painéis feitos em pastilhas e retratando personalidades e fatos ligados a história do bairro de Santo Amaro.

Ao lado de Fernão Dias (de quem era genro), Raposo Tavares e Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera), Manuel Borba Gato - figura representada na obra - desempenhou papel importante na expansão territorial do País e na formação histórica de São Paulo, durante o período das Bandeiras. Sujeita à percepção histórica, sua representação se transformou em motivo de polêmica. A figura do bandeirante, outrora lembrado apenas como um herói explorador, experimenta uma leitura crítica. 

As Bandeiras não serviram apenas para ampliar os limites traçados pelo Tratado de Tordesilhas e  descobrir veios de metais preciosos para a Coroa Portuguesa, mas para escravizar a população indígena e explorar seu comércio. Os bandeirantes foram responsáveis pelo extermínio de centenas de milhares de índios nesse processo.

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