Mário Covas
28/12/2011 | 22h02   
Governador de São Paulo
Mário Covas Júnior
21/4/1930, Santos (SP) - 06/3/2001, São Paulo (SP)
Mário Covas Júnior, filho de Mário Covas e Arminda Carneiro Covas nasceu em Santos, no dia 21 de Abril de 1930. Descendente de galegos e portugueses cursou o primário no antigo colégio Santista e o segundo grau no Colégio Técnico Bandeirantes, de São Paulo. Graduou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI-USP. Foi neste período que em 1955 iniciou a militância política como vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Em 1961 disputou à prefeitura de Santos, mas não conseguiu ser eleito. No ano seguinte obteve seu primeiro cargo de deputado federal, pelo PST. Em 1965 se tornaria um dos fundadores do MDB, único partido político de oposição existente durante o Regime Militar. Em 1968 foi líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados e cassado em 1969, com o AI-5. Apenas em 1979 com os direitos políticos restabelecidos tornou-se presidente do MDB, partido pelo qual seria reeleito deputado federal em 1982.
No governo Franco Montoro assumiu a secretária de Estado dos Transportes. No ano seguinte foi foi indicado à prefeitura da cidade de São Paulo, posição que ocupou até 1986, quando passou o cargo para Jânio Quadros. Neste mesmo ano foi eleito senador com 7,7 milhões votos, o maior resultado até então. Liderou a bancada do PMDB no Senado, durante a assembleia que elaborou a Constituição de 1988.
No ano de 1989 Covas foi cofundador e o primeiro presidente do PSDB. Nas eleições presidenciais de 1989 se candidatou, tendo como vice o colega de partido Almir Gabriel, porém não chegou ao segundo turno ficando em quarto lugar. No ano seguinte perdeu a disputa ao governo de São Paulo. Porém em 1994 foi novamente candidato e venceu o pleito com oito milhões de votos.
No início de 1995, Mário Covas assumiu o Estado de São Paulo com a política de sanear o Estado que havia herdado com inúmeras dívidas da gestão anterior. Em 1998 foi reeleito para mais quatro anos de governo.
Demitiu 4.000 empregados do Baneser, supostos fantasmas, limitou os cargos de confiança e iniciou um processo de reforma e modernização administrativa. Privatizou empresas estatais Banespa - Banco do Estado de São Paulo, CESP - Companhia Energética de São Paulo, CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz, Comgas - Companhia de Gás do Estado de São Paulo, Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo, Elektro - Serviços de Eletricidade e Fepasa - Ferrovia Paulista, Empresa Bandeirante de Energia. Também e abriu a concessão das Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia dos Imigrantes, Via Anchieta e Via Anhanguera. Num acordo de renegociação da dívida do Estado para com o governo federal, cedeu as linhas da Fepasa, posteriormente privatizadas.
Na educação instituiu a progressão continuada, onde elimina-se a repetência. Covas também se recusou a conceder aumento aos professores, situação que propiciou momentos de tensão como no caso do protesto ocorrido em abril de 1995, durante a inauguração de uma quadra poliesportiva, em Carapicuíba, na grande São Paulo. Na ocasião pedras, paus e ovos foram lançados no palanque onde Covas se encontrava.
Mário Covas sofria de câncer na bexiga e a primeira cirurgia para tentar conter a doença foi realizada em 1998, onde um tumor foi retirado. Covas chegou a ser submetido a sessões de quimioterapia, no entanto o quadro se agravou . Em 2001, afastou-se do governo e teve de ser submetido a uma nova operação que resultou na retirada de parte do intestino mas não resistiu e faleceu poucos dias depois, em 6 de março de 2001.
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